segunda-feira, 8 de março de 2010

CUBA

Depois de 3 semanas em Cuba, estou voltando a postar no blog. A minha idéia inicial era manter o blog atualizado diretamente de lá, pra ir contando da viagem a medida que ela acontecia, mas como a internet na ilha é muito lenta, acabei desistindo e deixei para escrever na volta ao Brasil.

O motivo que me levou até lá foi um curso de roteiro na Escuela Internacional de Cine y TV de Santo Antonio de los Baños, mas sobre a escola eu comento depois, num post específico. Vou me concentrar agora nas impressões que tive acerca do país do Fidel (e do Raul).

Cheguei no Aeroporto Jose Martí em Havana no domingo, dia 14/02, e logo de cara da para se perceber que se trata de um país diferente. Nunca tinha visto um aeroporto vermelho antes, e uma decoração interessante: pendem do teto bandeiras de todos os países do mundo, inclusive dos Estados Unidos.

Quando fui atendido na alfândega, uma câmera digital registrou minha imagem no momento em que meu visto era carimbado por uma senhora com uma imensa flor verde-limão nos cabelos e unhas enormes e com detalhes coloridos. Um visual brega, mas bem cuidado, que se repetia em cada uma das mulheres que trabalhavam no aeroporto (e depois fui descobrir que esse estilo era usado pela maioria das mulheres cubanas).

Na companhia de mais duas colegas que fariam o curso comigo e que viajaram no mesmo vôo que eu (Mayara e Cecília), peguei um táxi para ir até a escola e a viagem rendeu altos papos com Alberto, o taxista. No caminho para Santo Antonio de los Baños cruzamos por diversos carros antigos e uma região quase que totalmente rural.

Assim como o taxista Alberto, a maioria dos cubanos gosta de conversar e tem um estilo espontâneo e alegre, além de serem muito receptivos. E bastava falar que eu era brasileiro para que exaltassem nosso país e nosso presidente “Lula da Silva”.

Os cubanos sofrem as conseqüências do embargo econômico, assim como nós brasileiros sofremos com a desigualdade social, a fome, as filas nos hospitais e outros tantos problemas que assolam nosso país. E assim como os brasileiros, os cubanos não desistem nunca. Se viram como podem para não deixar o barco afundar, e também se dividem na sua opinião com relação ao governo e ao regime. Para alguns é perfeito, para outros é péssimo.

Com certeza a ditadura e o embargo trouxeram muitos problemas ao país, mas também garantiram pontos positivos, mas sobre isso comento depois.










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