quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O joio e o trigo

É incrível o número de besteiras que andam circulando pela internet às vésperas da eleição e invadem nossos emails sem permissão. Textos apelativos e sensacionalistas, sem nenhuma fundamentação consistente, defendendo posições políticas com argumentação fraquíssima. É uma pena que as pessoas se apeguem a esse tipo de argumento e os repassem como verdade absoluta, sem analisar suas fontes e sem questionar seus dados.

Felizmente, em meio a tanta abobrinha, existem coisas que merecem nossa atenção e levam a refletir sobre a escolha que teremos que fazer no próximo domingo, escolha essa que não diz respeito a eleger apenas Dilma ou Serra, mas sim uma escolha que envolve dois projetos políticos distintos. Muito mais do que perder tempo assistindo ao horário eleitoral gratuito – que descambou para uma série de acusações mútuas, iniciada pela campanha do PSDB ao definir que para conseguir votos era preciso baixar o nível, provocando no adversário respostas a mesma altura – vale a pena prestar atenção em algumas coisas inteligentes que andam pela rede.

Tenho acompanhado alguns blogs, como o do Jorge Furtado e o RS Urgente. Gosto principalmente do Furtado, porque ele vem desmistificando algumas idéias absurdas que têm sido viralizadas via web, e o faz com argumentos consistentes e uma linguagem clara.

http://www.casacinepoa.com.br/o-blog/jorge-furtado

http://rsurgente.opsblog.org

Gosto também de uma entrevista da Marilena Chauí, que faz uma reflexão acerca da democracia que deveria ser vista por todo mundo.


Tem também um texto do Leonardo Boff, publicado no site “vi o mundo”, que fala sobre a questão da liberdade de imprensa e a inversão de significados que a mídia anda espalhando aos quatros ventos.

http://www.viomundo.com.br/politica/leonardo-boff-os-abusos-da-midia-contra-lula-e-dilma.html

De resto, quem me conhece sabe qual a minha posição política, e o que quero com esse texto não é simplesmente fazer campanha para a Dilma – porque obviamente jamais faria para o Serra, por questões ideológicas – mas sim dizer que não se discute política sem bons argumentos. Pena que nem todo mundo tenha essa consciência.