segunda-feira, 21 de junho de 2010

AS MINHAS COPAS

Hoje eu estava tentando lembrar por quantas copas eu já passei. A primeira que aconteceu depois que eu nasci foi a de 78, mas dessa eu não lembro porque tinha menos de um ano de idade.Lembro vagamente da Copa de 82, quando eu tinha de 4 para 5 anos. Não tinha nem idéia de que eu fazia parte de um país chamado Brasil, que possuía uma seleção e que disputava a tal copa. Eu torcia pro Zico. E fiquei triste quando meu pai disse que o Brasil tinha perdido, pois foi quando descobri que o “time” do Zico era o Brasil.

A Copa do México, de 1986, eu acompanhei de perto, e quando ouço falar em Copa do Mundo, é a primeira na qual eu penso. Enquanto a seleção entrava na disputa, eu, meu irmão e os amigos da nossa rua organizávamos torneios de cobrança de pênaltis, onde cada um representava um país da copa. O maior problema era que todo mundo queria ser o Brasil. Dessa copa, lembro até hoje do grupo que nossa seleção fazia parte: Argélia, Irlanda do Norte e Espanha. Lembro também dos 4 x 0 em cima da Polônia nas oitavas-de-final e da frustrante derrota para a França, num dia em que a família toda passou a tarde em frente à TV acompanhando partida em que os craques Zico e Sócrates perderam pênaltis que poderiam ter levado o Brasil a frente.

Em 90, frustração ainda maior com a eliminação do Brasil nas oitavas-de-final, contra sua maior rival, a Argentina. Apesar da derrota, continuei minha coleção de figurinhas de bandeiras que vinham nos pacotes de salgadinhos da Elma Chips e ficou faltando somente a bandeira da Itália, que era o palpite do Pelé para aquela edição do mundial.

A Copa de 94, nos EUA, trazia dois ídolos da torcida colorada, o goleiro Taffarel e Dunga, atual técnico da seleção. Essa deu gosto de acompanhar e a final entre Brasil X Itália foi uma partida sofrida e inesquecível. Depois do resultado, muita festa nas ruas de Cruz Alta e um dos meus primeiros porres (de leve, mas foi um porre).

Em 1998, provavelmente pelo título na copa anterior, a expectativa era novamente pelo primeiro lugar. Depois da dramática semi-final entre Brasil e Holanda, chegávamos novamente a uma decisão. A turma de amigos toda reunida no nosso QG de festas e encontros, a casa da Arlete e da Patrícia Longhi. Final vergonhosa, difícil de engolir aqueles 3 x 0. Mas como tudo era festa, saímos pra rua comemorar o vice-campeonato.

2002: enfim o Penta. A primeira fase foi mamatinha. Turquia, Costa Rica e China no grupo do Brasil. Nas oitavas pegamos a Bélgica, nas quartas a Inglaterra e na semi-final novamente a Turquia. No grande dia, toda a turma reunida novamente, dessa vez na casa do Vagner e da Paula. Dois gols do Ronaldo garantiram a quinta taça para o Brasil. Depois, carreata no centro da cidade e muita, mas muita cerveja.

Em 2006, outra frustração com a eliminação do Brasil nas quartas-de-final, novamente pelas mãos, ou melhor, pelos pés da França. Eu estava tão empolgado com as possibilidades do meu time na Libertadores da América daquele ano, que nem me importei muito com a eliminação da seleção. Tanto que alguns meses depois o Internacional, após de faturar a Libertadores, trouxe também a taça do Mundial Interclubes para cá e a festa (pelo menos a minha) foi maior que a de um título mundial na Copa do Mundo.

Pra 2010 a expectativa é grande. Acredito que o time do Brasil tem sérias chances de papar o Hexa. Vou fazer a minha parte, que é torcer. O resto deixo com o Dunga e seus comandados. No mais, to curtindo essa copa de imprevistos e de zebras correndo soltas pela África do Sul.

Um comentário:

  1. Gostei do remember. Legal como fatos importantes marcam o coletivo de todos.

    Abraços!
    Rodrigo Stulzer
    transpirando.com

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