Numa conversa com uma amiga, falávamos das dificuldades do dia-a-dia, da ânsia de dar conta de tudo o que nos é exigido, dos problemas que nos surgem, da velocidade com que as coisas acontecem e dos reflexos que isso causa em nós. E aí ela trouxe à tona uma questão interessante: o ser humano tem diversas facetas e pra evoluir precisa saber explorá-las, colocá-las em prática e extrair delas coisas que lhe façam crescer.
Depois da nossa conversa, fiquei com essa pulga atrás da orelha e parei pra pensar mais um pouco. Foi fácil concluir que existem algumas pessoas que gastam seu tempo tentando dar conta de explorar ao máximo todas as “facetas” possíveis e num outro extremo existem aquelas que procuram dar conta apenas das necessidades essenciais e acabam por não colocar seus talentos em prática. Uns são superexigentes consigo mesmos e outros subaproveitam suas capacidades.
Analisando assim, friamente, dá pra pensar que os que exploram ao máximo seus talentos estão com a razão, e que os outros são acomodados. Mas se nos perguntarmos quais dos dois são mais felizes? Bem, aí eu já tenho minhas dúvidas. Aqueles que exercitam o maior número de facetas possíveis provavelmente tendem a ser pessoas mais exigentes consigo mesmas e acabam sofrendo mais por isso, por estarem sempre buscando algum tipo de superação. Enquanto isso, os acomodados estão curtindo a vida da forma que acham mais conveniente.
Acredito também que os do primeiro grupo estão mais propensos às doenças que têm se propagado na nossa era pós-moderna, seja lá stress, ansiedade, depressão e outros tantos transtornos que surgem a cada dia. E qual seria então o melhor caminho? Deitar na rede e deixar o tempo passar, pra evitar o stress? Eu acho que o melhor mesmo seria um meio termo, mas será que é fácil conseguir isso?
Bom, quem me conhece de verdade sabe que eu estou muito mais para o primeiro grupo do que para o segundo, mesmo acreditando que o melhor mesmo seria seguir os velhos ensinamentos budistas sobre o tal caminho do meio. Mas se fosse fácil seguir esses preceitos, garanto que eu já teria me livrado dessa dor de cabeça que me atormenta há meses.
eu bem queria encontrar o caminho do meio.
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