quarta-feira, 16 de setembro de 2009

MÃOS NEM TÃO ATADAS

Em meio a tal crise do Senado que anda bombando na mídia, acredito que assim como eu, muitas pessoas devem se perguntar o que é possível fazer para ir contra toda essa sujeira que se espalha entre aqueles que deveriam trabalhar pelos interesses da população, seja no poder executivo ou no legislativo.


Apesar das denúncias, José Sarney parece inatingível. Arrumar “emprego” para o namorado da neta ou desviar recursos públicos destinados às “causas nobres” da fundação que leva seu nome, parece ser tão natural como acordar após uma noite de sono. E falando em sono, será que não lhe pesa a consciência quando deita a cabeça no travesseiro? Eu acho que não, porque depois de uma vida toda dedicada à política, isso tudo deve parece muito natural.


Outra que parece imune a qualquer investigação é a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, que vive em sua casa de R$ 1 milhão enquanto os alunos da rede pública estadual são obrigados a estudar em contêineres de lata. E ela ainda consegue chorar emocionada, em público, ao falar das grandes realizações do seu governo (quais seriam mesmo essas realizações?) e dizer que sonha em voar como as borboletas. Seria somente patético se não fosse a triste realidade, fruto da escolha da maioria dos gaúchos na última eleição (que fique claro que eu nunca fiz parte dessa maioria).


E a cúpula do PT, que tão brilhantemente defendia a ética e a moral??


E a oposição oportunista do DEM e do PSDB, que faz de tudo para impedir qualquer realização do Governo Federal, sem argumentos concisos???


Que a política brasileira é assim, todo mundo sabe. Mas o que é possível fazer para tentar mudar essa realidade? Porque é inadmissível se resignar diante dessa situação e simplesmente achar que não existe concerto.


Tem gente se mexendo para tentar melhorar a cara da nossa política. Existe uma organização chamada “Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral” – MCCE, que há alguns anos vem desenvolvendo campanhas em prol da moralização política do Brasil. A última delas foi uma campanha dedicada a colher 1 milhão e 300 mil assinaturas para encaminhar ao Congresso Nacional um Projeto de Lei que visa aumentar as situações que impedem o registro de candidaturas e uma dessas situações seria a necessidade do candidato comprovar que está com a “ficha limpa”, ou seja, que não tenha sido condenado ou não esteja respondendo a inquéritos sobre crimes como racismo, homicídio, tráfico e desvio de verbas públicas. As assinaturas, colhidas desde o início do ano, devem ser entregues ao presidente da Câmara dos Deputados, Sr. Michel Temer, até o dia 29 de setembro próximo.


Fazem parte da MCCE uma grande quantidade de entidades, entre elas a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), a CUT (Central Única dos Trabalhadores) , a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e tantas outras, o que corrobora a seriedade do movimento e demonstra a preocupação geral com relação à situação da nossa política e o desejo de transformá-la.


Mais informações sobre a MCCE e suas campanhas estão no site


É fácil criticar os políticos que estão lá em cima. É cômodo reclamar da situação. Mas tentar mudar as coisas também é possível. Basta deixar o conformismo de lado e entrar em ação...



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